é sobre florescer em movimento, ou seja, continuar se construindo e se amando mesmo diante dos dias gris.

Dias de chuva

O desenho da água pingando no chão, criando pequenos círculos que crescem como um eco e desaparecem, o reflexo da luz que bate mostra o brilho da chuva no chão, o céu em uma cor de gelo, não chega a ser um cinza, mas um gelo, sem nenhuma aparição do azul que me traz a felicidade de que vai melhorar; teremos um dia melhor.

Não teremos, porque não há uma menção do azul no céu. Dentro de casa, um silêncio, apenas o ruído na cozinha e o cheiro da comida, uma delícia para o almoço, para aliviar essa cacofonia da chuva e sua melancolia.

Espero pelo próximo dia, talvez o sol venha trazer um pouco de alegria. No decorrer dos minutos, nada vem ao pensamento, a não ser esperar acabar essa agonia.

Por mais grata que eu seja pela vida, esses momentos cinzas e sem luz introspectam a alma e a deixam vazia, com uma única missão de deitar, esperar as horas passar e aguardar o próximo dia.