Quando o corpo cansa e a mente continua
É exaustivo tentar ser produtiva o tempo todo.
Mesmo quando a mente está em velocidade máxima, com a criatividade elétrica e os pensamentos frenéticos, o corpo pede pausa.
Mas a mente segue.
Mesmo quando usamos ferramentas para relaxar, descansar, nos distrair… ela segue.
E talvez a maior pergunta por trás de tudo isso seja:
“Será que eu vou dar conta?”
São tantas obrigações, sonhos, vontades.
Às vezes, quero abraçar o mundo — mas quando olho para as minhas mãos, me vejo tão pequena, tão quebrável, que parece óbvio: eu nunca vou chegar lá.
Mesmo quando os pensamentos dizem: “Você precisa continuar”, “Não pode parar”, “Precisa ter foco”, parece que até na tentativa de relaxar vem mais estímulo — redes sociais, TV, conversas, comparações.
São tiros invisíveis vindos de todos os lados.
Você não quer ficar pra trás.
Quer ir junto.
Quer provar que tem valor.
Mas… valor pra quem?
A quem queremos alcançar?
Quem está colocando esse peso, essas metas?
Para quem estamos dando tanto poder de nos dizer que não somos bons, capazes, suficientes?
Não somos iguais.
E ainda bem.
Temos vidas diferentes, corpos diferentes, estruturas diferentes.
Talvez enxergar isso com atenção, respeito e amor-próprio nos ajude a entender que essa produtividade exigida é superficial.
Ela não define o seu valor.
Fazer ou não fazer hoje não determina se você é importante.
O que te define é o que você escolhe — e isso não vem de fora.
Vem da sua essência.
Do que te faz feliz.
Do que te move.
São essas as perguntas que você precisa fazer.
E não: “Será que eu vou dar conta?”
Busque viver a sua verdade — sem influência externa.
Viva o seu tempo — sem seguir o tempo do outro.
Reconheça o seu valor — sem medir pelo valor de mais ninguém.
Porque quando você para, é a sua cabeça que te julga.
E é lá que você precisa estar bem.
Viver leve.
E quando voltar a acontecer de sentir culpa por não estar sendo tão bom quanto alguém... se lembre:
Eu sou boa o suficiente pra mim.
E a única competição é entre eu do passado e eu do futuro.
E ninguém mais.