#000246 – 20 de Julho de 2020
Escrever é também um risco. Fixa-se algo que mais tarde poderá caducar. E nem se escreve a avaliar o futuro. Antes se faz da escrita uma reconciliação (frequentemente sob a forma de conflito aberto) com o passado. Digo isto com risco, pois quero aqui neste texto ir ao que não sei. Parece-me que o escritor imagina para olhar o que foi. E que a sua escrita, se durar, mantém essa característica. Abre, no que é turvo, uma clareira de possibilidades. O futuro talvez seja apenas o repensar, essa revolução das ideias com que víamos o já conhecido.