#000272 – 16 de Agosto de 2020
Escrever é desagradável. É preciso enfrentar o que não se sabe com as ferramentas que já nos falharam tantas vezes. A motivação é a dúvida, a insegurança uma presença assídua. Começa-se sem saber o que dizer e continua-se com uma obsessão com a forma como o dizemos. Escreve-se porque algo ainda incriado nos assola. Um potencial que sentimos como febre. E atiramo-nos para a difícil escultura de significado, com a única matéria prima que temos à disposição: o íntimo.