#000462 – 21 de Fevereiro de 2021
É aqui que tropeço na minha liberdade. Uso concursos para me impor datas. E pego nas deixas que preparei para ir iniciando novos contos. O livro que continuo é o de ontem. E escrevo todos os dias, quantidades semelhantes. Mas aqui nunca sei o que virá a seguir ao cursor inicial. Há impulsos que são confessionais. Outros, como este, que me assolam desde a pré-adolescência: escrever sobre a escrita. Começar a correr no escuro não é forma eficaz de descobrir um caminho. É um primeiro passo para mapear cabeçadas. Escrevo caindo num poço, as palavras unhas aflitas em paredes forradas a musgo, o fundo um ponto final.