#000464 – 23 de Fevereiro de 2021

Daqui a muito tempo, não sei se haverá ainda olhar humano a consultar documentos. Como será a recolha, catalogação e seleção de documentos dos futuros historiadores do nosso tempo? Será que haverá uma preferência dos académicos para o passado mais longínquo, cujos textos extantes são raros? Quem se não uma máquina poderá estudar uma época em que tantos caracteres são registados, copiados, reproduzidos, indexados e tantos são mesmo gerados automaticamente? Será que a actual autoficção ganhará um interesse histórico? Como fazer arqueologia se em vez de pó é uma camada de ruído que oculta tudo?