#000589 – 28 de Junho de 2021

Sei qual é o meu calcanhar de Aquiles. Deveria celebrar: ao reconhecer um ponto (muito) fraco, supostamente dei o primeiro passo para melhorar. A verdade é que não sei como melhorar. Para me deixarem baralhado e infeliz, basta obrigarem-me a uma conversa absurda, argumentar com pontos de vista sem sentido, atirarem-me com contradições. Queria saber lidar melhor com a ambiguidade. Mas penso que o meu prazer no texto tem mesmo a ver com um amor incondicional pela clareza do que é dito. Num texto, até as ambiguidades podem ser transparentes e belas. Quando, em comunicação em tempo real, nem o contexto é partilhado pelas duas pessoas, tudo é mais pantanoso.