#000715 – 13 de Agosto de 2021
Um caderno é mais generoso que um ecrã. Dá-me inércia e silêncio. Não interage, não sabe coisas, não diz nada. Não vampiriza os meus neurotransmissores. A sua rude quietude não me empurra nem me conduz. Deixa-se, magnânimo, preencher e sujar da minha tinta. A resistência que oferece ao aparo lembra-me que sou eu que me esforço em avançar. E que escrever é pouco. E quase tudo.