#000893 – 07 de Fevereiro de 2022
A juventude é uma cicatriz na memória. Tatuagem acidental. Insígnia do que gostaríamos de ser, num tempo inexistente. Fronteira interior, feita da contração do espaço em volta. Colisão entre um passado idealizado e um futuro imaginado. Esta é a melhor forma de abolir o tempo vindouro, atar-lhe um peso que só aumenta. Envelhecer é lidar com esta fragilidade, a de me distrair com tudo o que não está a acontecer aqui e agora.