#001074 – 07 de Agosto de 2022

A chegada à Ribeira de Pardelhas é deslumbrante. Estou em plena reserva natural, as aves brancas, talvez garças, são graciosas. Parecem flutuar acima da água, as suas pernas altas invisíveis à distância a que me encontro. Escrevo debaixo de vinha. Trapalhão, virei o café na mesa. Perto, uma criança mimada queixa-se ao pai numa voz americana nasalada. O pai responde-lhe com inglês de forte pronúncia portuguesa. Até estes sons, e o rumor das pessoas dentro da taberna, e o motor de uma inesperada avioneta que sobrevoa o local, me agradam e acalmam.