#001108 – 12 de Setembro de 2022

Grupos diferentes preparam-se para a guerra e no final, lutam. Assim se poderia resumir a história quer do Game of Thrones quer do Senhor dos Anéis. Talvez aqui se torne evidente o que eu mais gosto na ficção científica. Quando resumimos uma história sci-fi, não é o enredo que fica depois da redução. Não me lembro do enredo do As Intermitências da Morte. Mas resumiria o livro assim: um dia a Morte deixou de matar pessoas. Não me lembro do enredo de O Fim da Eternidade. Resumiria como: um grupo controla as viagens no tempo e evita a todo o custo os paradoxos temporais. Quando penso numa história sci-fi, penso na premissa. No fundo, quando leio a última de frase de uma história, tudo está ainda a começar. Ao contrário de qualquer enredo, que tem os seus picos e um desfecho. Os mundos destas histórias são a personagem principal e não acabam, vivem na imaginação.