#001154 – 29 de Outubro de 2022

Curiosamente, muito novo, imaturo e sem saber nada do mundo, comecei por escrever crónicas. Só depois me virei para a poesia e bem mais tarde para a ficção. A confiança de escrever opiniões sobre assuntos que desconhecia teve uma existência frágil, sustentada por uma ignorância optimista. Foi a falta de intimidade com a língua que me fez perceber não ter talento para a poesia. Não sei ainda se alguma revelação sobre outra incapacidade me fará passar da ficção para outra área da escrita. Muito melhor resultado seria aprender com as historias o que não tinha, e voltar à poesia e, muito inesperadamente, à opinião.