##001200 – 16 de Dezembro de 2022

Cresci a acreditar no potencial do mundo, no meu potencial. Adolescente, desiludi-me com o mundo e comigo. Sobrevivi, com a ideia de que a minha força vinha do que me definia como pessoa, das marcas que a vida me deixou. Desapeguei-me como pude da ideia de que sou boa pessoa, das narrativas em que sou um anti-heroi, em que o mundo me incompreende ou me desafia a enfrentá-lo. Descobri novas formas de solidão ao envelhecer e uma infinita variedade de filosofia, de atitudes. Quase tudo é possível, quase nada desejável e está tudo por inventar. O futuro é o enigma constante, a direção do movimento de quem não desiste. Avanço.