#001327 – 22 de Abril de 2023

Preocupa-me a dependência do activismo actual das redes sociais. Falta uma crítica sistemática do funcionamento da economia digital, da hegemonia das plataformas e da sua pérfida exploração da fragilidade do nosso sistema nervoso central. Não consigo conceber um feminismo moderno que exclua essa crítica. É insuficiente dizer que os algoritmos não são equitativos. Nenhuma ferramenta de exploração se torna mais justa porque distribui melhor o sofrimento. Esta “race to the bottom of the brain stem”, usando a expressão de Tristan Harris, é um dos inimigos actuais da liberdade e da justiça. O activismo actual não a combate, usa-a como principal ferramenta da sua acção online.