#001373 – 08 de Junho de 2023
Hoje houve mais um ataque, de um homem, a pessoas inocentes, incluindo crianças. Talvez terrorista, talvez louco. Mas é um homem. A violência extrema, seja dentro de portas, contra pessoas próximas, seja fora de portas, contra desconhecidos, seja em escolas e outros espaços públicos, contra pares, é muito mais comum vinda a partir de homens. Não faço ideia do que isto significa, mas é impossível ignorá-lo. Se houvesse forma de educar melhor os homens, de evitar tão exageradas expectativas de expressão masculina, em que a violência é ingrediente, talvez isso tivesse um impacto positivo. Não faço ideia. Sinto-me cansado de mim. Não tenho, hoje, paciência para as minhas insuficiências e limitações. E as notícias que me entram em casa pelo ecrã são desoladoras. Tenho vergonha do meu género, da minha cultura, deste mundo. A única solução é criar laços com pessoas de boa fé, recusar a violência, não desistir. Não há outra forma, há já demasiadas coisas a correr mal, resta-nos a mais frágil das utopias, o amor.