#001381 – 16 de Junho de 2023
Terá sido descoberta por polinésios algures entre os anos de 800 a 1200, mais provavelmente cerca de 1200. A língua local é semelhante à língua havaiana e à lingua taitiana e também à língua mangareva antiga. As suas estátuas são homólogas à noção do sagrado noutras zonas da polinésia. Quando europeus chegaram à ilha, em 1722, foi possível comunicar com os nativos, uma vez que havia entre os que desembarcaram quem falasse uma língua da família dos idiomas polinésios. Sabe-se o que levou à quase extinção do povo que habitava a ilha, a exaustão dos recursos naturais, a introdução de espécies invasoras, como o rato-do-pacífico, o rapto de pessoas para o comércio esclavagista e também a imigração. O nome desta ilha é Rapa Nui, conhecida também como Ilha da Páscoa.
Continuamos a assistir a pseudo-documentários sobre este local. É comum ser apresentado como absolutamente misterioso, a língua desconhecida, o facto de seres humanos viverem num sítio tão remoto uma impossibilidade, as estátuas sem par que só uma tecnologia desconhecida poderia produzir, o povo já desaparecido sem rasto.
A verdade é muito mais interessante que toda a treta sensacionalista à volta desta ilha e deste povo. A verdade fala-nos de como um povo, o polinésio, viajou a remo, em catamarãs pelo maior oceano do planeta, ao longo de milhares de anos, estabeleceu rotas comerciais entre ilhas incrivelmente distantes e espalhou a sua cultura pelo Pacífico. Deveríamos celebrar estes navegadores e conhecer a sua história. Antecederam largamente os europeus. Em vez disso, contamos histórias fantasiosas de extra-terrestres antigos e de mistérios fabricados.