#001921 – 31 de Agosto de 2024
Mesmo nas situações sociais mais difíceis, no meio da guerra, da mais odiosa opressão, há diferença entre ter uma atitude política de acordo com a nossa ética (mesmo com muitas contradições e falhas), ou sucumbir completamente ao cinismo e reagir apenas com violência e nihilismo. Quanto mais nas nossas sociedades, formalmente ainda democracias, em que geralmente temos margem para tentar fazer valer os nossos direitos e em que nos podemos organizar livremente em volta de causas comuns. Uma vida em que nos respeitamos porque fazemos coincidir, tanto quanto possível, a nossa ética com as nossas ações no mundo, é preciosa. Mesmo para quem duvida da viabilidade de um futuro comum, uma vida que vale a pena viver não é mero prémio de consolação. É um objectivo.