#002031 – 19 de Dezembro de 2024
A velocidade ajuda a perceber que o ar é um fluido. Num carro, colocamos a mão de fora e brincamos com a mão, como num túnel a testar alterações à aerodinâmica. Em queda livre, antes de abrir o paraquedas, ou num wingsuit, imagino, será evidente que o ar é semelhante a um líquido, menos denso, mas com as mesmas propriedades. Esse gesto, de colocar a mão de fora do carro, é dos mais repetidos no cinema. Invoca talvez algum comum às crianças, a intuição com que se investiga o mundo, nesse estado de graça que não diferencia a brincadeira da exploração, o que faz rir do que ensina.