A arte de compartilhar o coração
As pessoas costumam falar sobre o pastorado pensando na figura de um orador atrás de um púlpito. Carisma, eloquência, presença de palco, boa dicção e vasto conhecimento são qualidades consideradas indispensáveis para um bom pastor. Porém, falar para auditórios cheios, escrever e produzir conteúdo para as redes sociais talvez seja a parte mais superficial, e menos importante, na tarefa de apascentar pessoas.
Pastorear é a arte de compartilhar o próprio coração com as ovelhas do Senhor. Se trata de ser acessível, pronto a socorrer, amoroso, misericordioso, e paciente. Discipular pessoas é estar disposto a compartilhar a mesa e a vida, tornando-se modelo do rebanho e um guia cuja a fé é digna de ser imitada. Aqueles que não estão dispostos a chorar ao lado dos que sofrem não estão aptos para a liderança de uma comunidade de fé. E ao longo do processo de cuidar das ovelhas há muitas decepções, frustrações, e até sensação de falta de reconhecimento, mas aqueles que foram chamados por Cristo entendem que servem para um dia receber do Sumo Pastor a “imarcescível coroa da glória”.
Os templos evangélicos já estão saturados de coachs, digital influencers, empreendedores de palco e ativistas políticos. O que a Igreja necessita urgentemente hoje são servos e servas que tenham cheiro de ovelhas, que verdadeiramente creiam que o Evangelho é um chamado para o amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Soli Deo Gloria.
Leitura bíblica:
I Pedro 5:3; Hebreus 13:7.
I Pedro 5:4.
I Coríntios 13:7.